sábado, 8 de junho de 2013

A Guerra dos Tronos - vol. 2 (George R.R. Martin)

Novas suspeitas emergem na corte de Robert Baratheon. A morte de Jon Arryn permanece por explicar - pelo menos oficialmente - e as suas crípticas últimas palavras surgem como uma pista a seguir. Mas procurar respostas numa teia de intrigas pode ser perigoso, principalmente se a honra se tornar uma limitação. Ao mesmo tempo, vão-se tecendo as linhas de outros caminhos: o de um rei sem trono que clama os meios para reclamar o que lhe pertence; o de uma mãe determinada a punir o homem que tentou matar o filho; o de uma irmandade enfraquecida que se vê frágil ante a aproximação do Inverno. Os Sete Reinos fervilham de intriga e há uma explosão de conflitos pronta para acontecer. Quantos sobreviverão, no fim, às suas próprias escolhas?
Grande parte do que há a dizer sobre este livro foi já dito sobre o primeiro volume, já que os pontos fortes - que são muitos - se mantêm, no essencial, os mesmos. A grande força continua, inevitavelmente, a ser a agradável sensação de reencontro com lugares e personagens (e até acontecimentos) fascinantes, explorados agora de uma forma um pouco diferente, com a imagem a substituir a componente descritiva, mas igualmente marcante. E também a percepção de uma leveza diferente se mantêm, com certas partes do enredo a serem resumidas ao essencial, sem que nada de importante se perca.
Mais uma vez, também o impacto da imagem é fundamental e as imagens continuam a ser belíssimas, reflectindo na perfeição tanto as personagens como os ambientes em que se movem. É fácil retirar os elementos de contexto - os símbolos, o vestuário, as diferenças a nível de cenários e de formas de agir - através das imagens, deixando às palavras o essencial dos acontecimentos e da interacção entre as personagens. O equilíbrio resultante é praticamente perfeito.
E, como não podia deixar de ser, falta realçar que a história continua a manter-se, no essencial, fiel aos livros originais, havendo, naturalmente, uma maior brevidade a nível de contextualização e de exposição de pormenores, mas com todos os grandes acontecimentos e, inclusive, as frases mais marcantes a marcar presença ao longo desta nova parte do enredo.
A impressão global continua, por isso, a ser a de uma adaptação bastante fiel que, sem acrescentar grande coisa de novo a nível de história, acrescenta, ainda assim, uma nova perspectiva para as coisas, seja pela transposição de alguns dos elementos em imagens, seja até pelo foco nos momentos de maior intensidade. Um livro que não desilude, portanto, e que recomendo sem reservas.

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