quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Era Uma Vez Uma Estrela

E se uma estrela surgisse para mudar a vida de alguém? Nas histórias das quatro autoras que fazem parte desta antologia, é isso que acontece. Cenários diversos e diferentes abordagens definem histórias onde o romance é o elemento essencial e onde um toque de magia surge para tornar as coisas mais... interessantes.
Para Sempre, de Nora Roberts, conta como uma jóia comprada numa pequena loja arrasta a sua compradora para os braços de um homem em luta com o seu destino. Cativante, com o o toque certo de magia e bastante de romance, este conto cativa principalmente pelo cenário enigmático, bem como pela interessante abordagem à interferência das lendas na relação entre o casal protagonista. De leitura agradável, com um bom equilíbrio entre o lado romântico e o toque de sensualidade, uma leitura envolvente, com a medida certa de emoção.
Segue-se Estrela Cadente, de Jill Gregory, história de uma princesa forçada a casar com um guerreiro de reputação brutal para salvar o seu reino. Com um início intenso e uma escrita envolvente, é também um conto de leitura agradável, apesar de alguns momentos mais previsíveis. Algumas situações divertidas conferem leveza à narrativa e a forma como nenhum dos protagonistas se resume àquilo que parece ser torna a história um pouco mais complexa, crescendo em intensidade numa fase mais avançada onde se definem as medidas certas de drama, acção e romance, culminando num final de deixar o leitor com um sorriso nos lábios.
A Maldição do Castelo de Clough, de Ruth Ryan Langan, conta a história de um lorde em dificuldades financeiras e da representante enviada por uma leiloeira para avaliar os seus bens. Numa história que cativa desde o início, a situação de Rob desperta uma empatia que se intensifica pelo valor da sua personalidade, e a forma discreta como Estelle entra no seu mundo dá naturalidade ao definir da relação. Destaca-se também o tom de mistério e a forma como, num cenário de perda iminente, a relação entre os protagonistas se desenvolve de forma gradual. Ainda de referir a intervenção do fantasma, a dar à narrativa um toque de ternura, num ambiente onde a intriga é soberana. De leitura agradável, com um enredo cativante e um final intenso, este é, de longe, o melhor conto do livro.
Por último, Noite Estrelada, de Marianne Willman, conta a história de uma mulher perdida numa noite tempestuosa e do encontro com o seu estranho salvador. Intrigante, com um início misterioso e algo introspectivo, dando lugar a uma revelação surpreendente. Algo descritivo e com um tom que é, nalguns momentos, distante, a grande força deste conto está na forma como o invulgar casal protagonista se relaciona, mantendo em aberto a dúvida de quanto do vivido será real. Cativante e com algumas surpresas interessantes, uma boa leitura.
Romance e magia, intriga e emoção, temor e amor... nas medidas certas, fazem do conjunto destas quatro histórias uma leitura agradável, com bastante de emoção e umas quantas surpresas que mantêm constante a envolvência da leitura. Fica a curiosidade em ler mais destas autoras.

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