segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sangue Mortífero (Charlaine Harris)

No que a vampiros diz respeito, o Louisiana foi anexado ao território do rei Felipe de Castro. Lobisomens e metamorfos acabam de se revelar perante a sociedade. E há uma guerra em curso no mundo dos seres feéricos. No centro de tudo isto está Sookie Stackhouse que, como se não lhe bastasse o macabro homicídio da cunhada, tem ainda de lidar com o interesse dos diversos sobrenaturais no seu dom muito particular. E, mais uma vez, a sua vida estará em perigo e os seus sonhos de uma vida minimamente normais acabarão por se revelar como utópicos e distantes.
Como tem vindo a acontecer nos livros anteriores desta série, permanece a presença de uma série de elementos comuns. A escrita directa e acessível, sem grandes descrições, bem como o ritmo alucinante dos acontecimentos são os grandes elementos a tornar estes livros verdadeiramente viciantes. E se há certos aspectos do enredo que se tornam já algo familiares - os múltiplos pretendentes de Sookie, a sua inevitável tendência para se encontrar precisamente onde o perigo é maior - há sempre algo de novo a surgir para tornar a história interessante.
Neste livro em particular, o destaque vai para dois aspectos. Primeiro, o maior desenvolvimento das circunstâncias e conflitos das fadas. Há algo de particularmente intrigante nestes seres, já que (e ainda mais uma vez) a vida de Sookie parece estar ameaçada por conflitos entre sobrenaturais, mas não há entre as fadas (mesmo nas que estão, de alguma forma, relacionadas com a protagonista) um temperamento que propicie a empatia. Afinal, os seres feéricos não são humanos e isso reflecte-se na forma algo ambígua como lidam no seu contacto com a humanidade. O outro vai para a situação de Sookie em relação a Eric: ainda que de uma forma algo conflituosa, a relação entre ambos toma agora um rumo bastante mais sério e, em consequência, há um maior destaque para o vampiro, comparativamente aos pretendentes que ainda restam, e que, felizmente, têm um papel bem menos relevante neste livro, onde as relações amorosas não são tão exploradas.
Viciante, tal como os livros anteriores, Sangue Mortífero apresenta algumas respostas a questões levantadas ao longo da série, ao mesmo tempo que levanta novas questões e factores de curiosidade. E, com todas as mudanças em curso num mundo onde tantos seres sobrenaturais parecem coexistir, fica, inevitavelmente, a curiosidade em saber o que virá a seguir nas aventuras (e desventuras) de Sookie Stackhouse. Muito bom.

1 comentário:

  1. Cada vez me irrito mais por estar atrassada nesta colecção!! Parece mesmo estar cada vez melhor!!

    bjs*

    ResponderEliminar