quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A Rapariga que Brilha no Escuro (Joshilyn Jackson)

Tudo começa quando, na sua casa ideal de Victorianna, Laurel Gray Hawtorne, sonâmbula, vê um fantasma diante da janela. Sim, um fantasma que lhe aponta para o cadáver na sua piscina. E é tendo por base esta morte inexplicável que se desenrola uma história que é, simultaneamente, um drama familiar e uma espécie de investigação. Para descobrir o que realmente aconteceu a Molly, a criança afogada, Laurel terá de enfrentar muitas das suas memórias e rebuscar o seu passado, para além de fazer as pazes com uma irmã conflituosa e uma mãe que se mantém num mundo perfeito e irreal.
Este é um livro que, inicialmente, custa a assimilar. As oscilações entre o passado e o presente da protagonista são muitas e, por vezes, abruptas, pelo que ao princípio a leitura deste livro pode ser um pouco difícil. A partir do momento em que se apanha o ritmo, contudo, o leitor é puxado para o interior da história, para a confusa vida de Laurel. Com ela, amamos e odiamos algumas personagens, e procuramos juntar as pistas para resolver o seu mistério.
Não será, provavelmente, um livro para todos os públicos. A mistura dos elementos românticos com a questão da morte por explicar poderão tornar este livro um pouco cansativo para quem aprecia uma leitura simples. Ainda assim, com o seu final surpreendente e todos os elementos invulgares que a autoria insere na história (desde a vida miserável de De Lop, uma antiga vila mineira, à peculiar personalidade de Bet Clemmens, a criança que passa uma temporada na casa de Laurel), este é um livro que envolve, que inspira e que vale a pena ler.
Muito bom.

2 comentários:

  1. Olá!!!
    Não partilho da mesma opinião, apesar de achar o enredo com potencial. Mas é sempre bom ler outras opiniões.
    Beijocas

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